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09/09/2010 10h46 - Atualizado em 09/09/2010 10h46

Governo do Estado cria comitê gestor de energia no Rio Grande do Norte

O Governo do Estado cria, neste mês, o Comitê Gestor de Energia do Rio Grande do Norte. O Estado é o campeão na conquista de parques eólicos nos leilões nacionais e já está alcançando a autossuficiência em energia. Composto pelo Governo do Estado, representantes das empresas geradoras, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), CTGás, Associação Brasileira de Energia Eólica, Cosern e Sindicato da Construção Civil, o comitê será o elo de ligação entre as empresas geradoras de energia e os diversos órgãos com atuação no setor – como Idema, Ibama, universidades, IFRN, gestores municipais e Caern. O objetivo é dar agilidade nas instalações dos parques e, consequentemente, na produção da energia prevista.

“O Estado está conseguindo a autossuficiência em energia elétrica porque o governo deu a atenção necessária a esse setor que é vital para a economia e para a qualidade de vida das pessoas. Saímos de zero na produção de energia em 2002 para a geração de 561,1 MW este ano”, afirmou o governador Iberê Ferreira de Souza.

O Estado terá, até o final deste ano, a potência instalada de geração de 561,1 megawatts (MW) de energia elétrica. A demanda atual gira em torno de 600 MW. Com a entrada em funcionamento do Parque Eólico Alegria II, em Guamaré, o Rio Grande do Norte chegará a 661,9 MW e será autossuficiente em energia elétrica.

Nos dois leilões realizados até agora, um em 2009 e o outro este ano, o Rio Grande do Norte conquistou 62 parques de energia eólica somando uma potência acumulada total de 2.383,5 MW. As empresas ganhadoras têm até 2013 para a instalação dos parques. O não cumprimento por parte de alguma dessas empresas implicará em pagamento de multa. Os parques foram definidos nos leilões de 2009 (23 projetos), de 2010 (30 projetos) e mais nove projetos de energia de reserva (comprada sem o leilão).

Os 62 projetos representam investimentos de R$ 10 bilhões e geração de cerca de 6.500 empregos diretos durante os serviços de instalação. Os investimentos serão feitos por 32 empresas, nacionais e internacionais. Os parques terão 1.000 aerogeradores e para a implantação serão necessárias 160.000 toneladas de aço para as torres, 360.000 m³ em concreto para as bases, 65.000 toneladas de aço para as fundações, e 1.500 km de linhas de transmissão.

Os parques estão sendo instalados nos municípios de Areia Branca, Galinhos, Guamaré, São Bento do Norte, Parazinho, João Câmara, Touros, Rio do Fogo, Lagoa Nova, Bodó e Santana do Matos.

Mão de obra local

A solicitação do Governo do Estado é que toda a mão de obra para a instalação e manutenção dos parques eólicos seja feita por empresas e profissionais do Rio Grande do Norte. Para isso, o Governo articulará junto ao IFRN a implantação de cursos, de um ano de duração, para tecnólogo em energia eólica e coordenador de parque eólico. O Governo trabalha também para garantir cursos de capacitação para eletricistas e mecânicos e de qualificação para as funções de pedreiro, carpinteiro e armador.

Por outro lado, o Governo atua para garantir a instalação de indústrias do setor eólico no Rio Grande do Norte. “Essas empresas terão a necessidade de estarem próximas dos parques para a manutenção e também para a expansão da produção de energia eólica”, acrescentou o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Francisco Cipriano de Paula Segundo.


Potência instalada


2004 – Potência Instalada (1,8 MW) – Parque Eólico Experimental – Petrobrás;

2006 – Potência Instalada (49,3 MW) – Parque Eólico Rio do Fogo – Iberdrola Renováveis;

2008 – Potência Instalada (340 MW) – Termelétrica Vale do Açu (Termoaçu) – Petrobrás;

2009 – Potência Instalada (119 MW) – Termelétricas Potiguar I e Potiguar III – Petrobrás e Global Energia;

2010 – Potência Instalada (51 MW) – Parque Eólico Alegria I – Multiner;

2011 – Potência Instalada (100,8 MW) – Parque Eólico Alegria II – Multiner;

2012 – Potência Instalada (657 MW) – 23 parques eólicos aprovados no leilão 2009 (em implantação – empresas responsáveis (CPFL, Dobreve Energia, Eletronorte, Gestamp, Martifer e Petrobrás;

2013 – Potência instalada (1.064,6 MW) – Projetos vencedores do leilão eólico 2010.


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