Com seus primeiros carregamentos saindo de Natal nas duas últimas semanas, o melão, que inicia sua safra em agosto, gera expectativa quanto ao seu impacto nas exportações. Mesmo com uma queda de 4,7 % em relação aos primeiros sete meses do ano passado, até julho a fruta manteve o segundo lugar entre os produtos comercializados para fora do Brasil.
Para o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (COEX), Wilson Galdino, a expectativa é que o estado comercialize um volume parecido com o do ano passado. Em termos de valores, em virtude do baixo câmbio, o número deve ser menos que o registrado em 2009. De acordo com Galdino um bom indício é a volta da Europa como mercado consumidor mais ativo.
Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior dão conta que até julho deste ano, foram U$ 12,5 milhões arrecadados com a comercialização de 21,7 mil toneladas de melão. Em 2009 o valor de comercialização foi maior, U$ 13,1 milhões, no entanto, o volume de fruta comercializada caiu para 20,4 mil toneladas.
O coordenador de Desenvolvimento Comercial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento (Sedec), Otomar Lopes Júnior, explica que a diferença entre os valores e o volume comercializados em 2009 e neste ano se deve à variedade da fruta vendida, já que alguns tipos de melão costumam se diferenciar no preço.
Para receber a demanda, o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Emerson Fernandes, ressalta que o Porto de Natal está com uma estrutura preparada. Com a conclusão da obra de pavimentação, a Codern triplicou o espaço operacional por contêiner.
Fernandes ressalta ainda que o número de tomadas para os contêineres foi ampliado para 358, o que deve garantir o suprimento da demanda não só do melão, como de todas as frutas que chegarem ao Porto de Natal.
