Com o título "Aquicultura: a alternativa para o aumento na produção do pescado no RN", foi lançada agora há pouco a Fenacam 2010, em um café da manhã na sede do Sebrae. Neste ano, a Fenacam conta com 130 estandes, 24 palestrantes, 100 trabalhos científicos e um público estimado de 10 mil pessoas, além do tradicional festival gastronômico.
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, acredita que a expectativa de vendas do crustáceo para 2010 é de 75 mil toneladas. O maior patamar de vendas foi atingido em 2004, quando o número chegou a 90 mil toneladas comercializadas de camarão em cativeiro.
"Perdemos o mercado americano por causa do dumping (prática de comércio desleal) e o mercado europeu por causa do câmbio. Não exportamos absolutamente nada para os EUA em 2009, fato que queremos rever, mas, para isso precisamos da atuação o governo através de uma compensação financeira pela isenção de tributos", fala Rocha.
Ele reclama da dificuldade de se por em prática a Lei Kandir, que isenta o exportador de pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). "Nem através da Justiça, conseguimos fazer ela valer", declara o presidente.
O sub-secretário de Aquicultura e Pesca, Antônio Alberto Cortez, representou o governador Iberê Ferreira de Souza, e disse que o setor é relevante para a economia potiguar e, no mercado interno, há um otimismo grande porque,com a crise, os empresários tiveram um ímpeto muito grande em alargar sua lista de clientes, levando os produtos para vários estados do país. "Houve um redirecionamento na orientação do mercado. Há três ou quatro anos, exportava-se cerca 80% da produção de camarão, e, com a crise, essa produção se inverteu".
A Fenacam acontece de 7 a 10 de junho, no Centro de Convenções, e, dentro dela, serão realizados o 7º Simpósio Internacional de Carcinicultura, o 7º Simpósio Internacional de Aquicultura, a 7º Feira Internacional de Serviços e Produtos para Aquicultura e o 7º Festival Gastronõmico de Frutos do Mar.
