Produção industrial cai 0,1% em agosto, diz IBGEEm julho, setor registrou avanço de 0,6%. |
A produção industrial caiu 0,10% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo divulgou nesta sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após registrar avanço de 0,6% em julho. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de zero a 0,80%, com mediana de 0,40%. O coordenador de indústria do IBGE, André Macedo, considera o resultado registrado na produção industrial em agosto ante julho, de -0,10%, como "estabilidade". Segundo ele observou no documento de divulgação da pesquisa, "a atividade industrial mostrou em agosto um quadro de estabilidade frente ao patamar do mês anterior".
Na comparação com agosto do ano passado, a produção registrou aumento de 8,90%. Nesse confronto, as estimativas variavam de 8,00% a 10,10%, com mediana de 9,50%. Até agosto, a produção do setor industrial acumula altas de 14,10% no ano e de 9,90% em 12 meses.
O índice de média móvel trimestral da produção industrial, considerado o principal indicador de tendência, registrou queda de 0,20% no trimestre encerrado em agosto ante o terminado em julho. Em julho, o índice de média móvel também havia registrado variação negativa de 0,20%.
Bens de capital
A produção de bens de capital, que sinaliza o desempenho dos investimentos, aumentou 1,4% em agosto ante julho e subiu 28,0%. Entre as quatro categorias de uso pesquisadas, os bens de capital foram os únicos a registrar resultado positivo na comparação mensal. Houve queda, em agosto ante julho, em bens intermediários (-1,5%); bens de consumo duráveis (-0,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%).
Na comparação com agosto de 2009, os resultados foram positivos para bens intermediários (8,7%), duráveis (4,7%) e semi e não duráveis (4,3%).
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial de julho ante junho, de 0,4% apresentados anteriormente, para 0,6%. Segundo o coordenador de indústria do instituto, André Macedo, a revisão se deve sobretudo à introdução de novos dados na série com ajuste sazonal, mas reflete também novas informações recebidas de empresas das categorias de bens de capital (cujo resultado ante mês anterior de julho foi revisado de -0,2% para +0,2%) e bens de consumo duráveis (de 0,9% para 1,1%).












