Brasil tem maior fronteira apícula mundialPotencial da produção brasileira de mel é de 200 mil toneladas por ano. |
Com uma força produtiva de mais de 350 mil apicultores, o Brasil é hoje uma das grandes promessas no cenário mundial de produção de mel. Atualmente são 50 mil toneladas por ano, das quais 25 mil são exportadas para países da União Européia e Estados Unidos.
Mas, para o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura, José Cunha, o Brasil tem muito mais potencial de produção. “Estimamos que é possível saltar para 200 mil toneladas/ano”. Com maior capacidade de expansão produtiva, o Brasil poderá competir e até superar os grandes produtores mundiais de mel na atualidade que são Argentina, China e México.
Para o coordenador de apicultura do Sebrae Nacional, Reginaldo Resende, vários fatores contribuem para que o Brasil possa se tornar um dos maiores produtores de mel em todo o mundo. “Temos abelhas resistentes, técnicas avançadas e projetos de capacitação, maquinários e equipamentos modernos”, ressalta. Resende destaca que também é essencial estimular o consumo interno do produto.
Durante palestra proferida no 10º Congresso Iberolatinoamericano de Apicultura, o professor de Universidade Federal do Piauí, Darcet Costa Souza mostrou o desenvolvimento apícula brasileiro. “Em 2001 quanto iniciamos as exportações, as unidades processadoras tiveram que se adequar às referências de qualidade internacional do produto. Mesmo assim conseguimos sair de 21,8 mil toneladas no ano de 2000 para 37 mil toneladas em 2008. Um aumento de 70% na produção”.
A força do RN
Atualmente, o Rio Grande do Norte ocupa o 6º lugar no ranking de exportação de mel no Brasil, tendo como mercado comprador os Estados Unidos, que no ano passado adquiriu 1.951 toneladas.
Entre janeiro e setembro deste ano, já são 569 mil toneladas exportadas. O município de Apodi, que fica a 328 quilômetros da capital potiguar, Natal, é hoje o maior produtor do estado e o 2º no ranking nacional. Nos últimos oito anos o SEBRAE capacitou 6200 apicultores, e este trabalho fez a produção do estado saltar de 150 toneladas para 2.300 toneladas por ano.












