Qualidade de crédito ao consumidor tem queda de 0,4% no terceiro trimestreClasse de renda mais baixa tem menor qualidade de crédito. |
No terceiro trimestre deste ano, o Indicador Serasa Experian da Qualidade de Crédito do Consumidor apresentou recuo de 0,4%, atingindo o valor de 80,0. O indicador avalia a qualidade de crédito do consumidor, numa escala de 0 a 100. Quanto maior, melhor a qualidade de crédito e, portanto, menor a probabilidade de inadimplência, caso este consumidor venha a requerer crédito.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recuo do terceiro trimestre é causado pelo aumento do endividamento dos consumidores, estimulados pelas condições de crédito favoráveis e pelos níveis elevados de confiança.
Essa evolução do endividamento não foi acompanhada, na mesma proporção, pelos incrementos observados na capacidade de pagamento, determinada pela expansão do emprego e do rendimento real. Este fato contribuiu para a redução da qualidade de crédito do consumidor (aumento do risco de inadimplência), verificado no terceiro trimestre de 2010.
Na análise por rendimento mensal, os maiores recuos na qualidade de crédito durante o terceiro trimestre de 2010 foram observados nos consumidores dos extratos superiores de rendimento mensal: entre R$ 5.000 e R$ 10.000 (-0,8%) e mais de R$ 10.000 (-0,5%).
No entanto, mesmo tendo registrado as maiores quedas, as faixas de rendimento mais elevado continuam apresentando níveis maiores em termos de qualidade de credito. A classe que ganha até R$ 500 por mês é a que possui o menor índice de qualidade de crédito (75,4).
No outro extremo, a classe acima de R$ 10 mil registra o melhor indicador, 93,5, seguida pela classe de renda de R$ 5 mil a 10 mil (92,1). Ou seja, a qualidade de crédito do consumidor tende a ser positivamente correlacionada com a sua renda.
Na análise regional, verifica-se que as regiões Sul e Sudeste são as únicas a se situarem acima da média nacional (80,0), em termos de qualidade de crédito dos seus consumidores, registrando as marcas de 84,8 e 80,4, respectivamente. Em seguida temos a região Centro-Oeste, com 78,6, praticamente empatado com a Nordeste (78,4). E, por fim, aparece a Região Norte com 76,4.
Comparativamente ao trimestre anterior (segundo trimestre de 2010), a maior queda na qualidade de crédito dos consumidores foi verificada na região Nordeste (-0,7%). As regiões Norte, Sul e Sudeste registraram recuos bem mais modestos, variando entre -0,1% e -0,3%. Apenas a região Centro-Oeste conseguiu manter estável a qualidade de crédito dos seus consumidores em relação ao segundo trimestre de 2010.












