RN já cumpriu 80% das metas para virar área livre da febre aftosaAté o momento, apenas Sergipe e Bahia são classificados como livres da doença no Nordeste. |
A seis dias do término da segunda etapa de vacinação contra febre aftosa, o Rio Grande do Norte cumpriu 80% das metas estipuladas. Para que o RN se torne área livre ainda é necessário que os outros estados nordestinos estejam aptos a receber a nova classificação. Até o momento, apenas Sergipe e Bahia são classificados como livres da doença no Nordeste.
"A gente está cumprindo o nosso cronograma, temos 80% das metas estipuladas pelo Ministério da Agricultura, alcançadas. Estamos intensificando as ações de vigilância e educação sanitária. Mas para mudarmos para área livre, precisamos que os outros seis estados também cumpram suas obrigações. Por causa desse atraso, o Ministério decidiu mudar a classificação só no ano que vem", explica a diretora de sanidade animal do Idiarn, Tereza Cristina.
De acordo com o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (IDIARN) não há nenhum caso de aftosa registrado nos últimos 12 anos no Estado. O Ministério da Agricultura pediu cautela na mudança, porém a expectativa é que até julho do próximo ano a classificação seja alterada.
"A região nordeste tem suas peculiaridades, trânsito incomum, limites geográficos, clima, ou seja, características comuns a todos os estados. Até a forma como os animais são criados, o próprio controle destes animais e a pecuária tem comportamento semelhante, por isso é importante que todos passem para área livre. Se apenas um passar vai criar uma barreira econômica muito grande dentro do nordeste e isso dificultará a relação com os estados, principalmente, no trânsito de animais", afirma Tereza Cristina.
Segundo a diretora do IDIARN, caso o Rio Grande do Norte fosse classificado isoladamente como área livre, isso causaria o fechamento das divisas, impedindo a comercialização com criadores dos outros estados. Por isso a necessidade de esperar que os estados vizinhos cumpram as exigências. Com todo o Nordeste no mesmo patamar os animais poderão circular por toda a região sem restrições, o que fomenta os negócios e melhora a genética dos rebanhos.
No mês de março o Ministério da Agricultura fará uma nova auditoria, caso os estados passem nessa avaliação, será realizada uma sorologia e, a partir daí o anúncio da mudança.
O Rio Grande do Norte tem hoje um rebanho de aproximadamente 900 mil cabeças de gado bovino e bubalino.
Com informações da Agência RN














