13/04/2010 00h00 - Atualizado em 13/04/2010 00h00

Vendas de material de construção aumentam 20% com redução do IPI Setor é o único que ainda mantém a redução da alíquota prorrogada até junho.

Com o retorno da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, móveis e eletrodomésticos da linha branca, o setor de material de construção é o único que ainda mantém a redução da alíquota, prorrogada até junho deste ano. A medida beneficia os principais itens da construção civil, como cimento, tintas, argamassas, ladrilhos, revestimentos, vergalhões, fechaduras, dobradiças, chuveiros, grades de aço, pias, louças de banheiro, entre outros.

Desde que entrou em vigor, em junho de 2009, a redução do IPI para material de construção foi responsável pelo aumento de cerca de 20% nas vendas, segundo o presidente da Rede de lojas de Material de Construção (Redecon), Luiz Antônio Lacerda. Segundo ele, o benefício também foi estendido para a indústria, o que possibilitou que o comércio adquirisse produtos mais baratos e repassasse o desconto para o consumidor.

“Os clientes que planejavam construir ou reformar, ficaram mais estimulados com os preços mais baixos e estáveis. Esperamos que até junho, quando acaba a redução do imposto, o movimento nas lojas aumente ainda mais”, disse Lacerda. O empresário acrescenta que as associações do setor deveriam se mobilizar e pedir ao governo a redução permanente do imposto, para incentivar a produção e as vendas no mercado. “Uma medida que vem dando certo já há quase um ano poderia ser adotada permanentemente. A diminuição da carga tributária beneficiaria a todos, não apenas do setor de material de construção”, revelou Luiz Lacerda.

Para as construtoras, porém, a redução do IPI não fez tanta diferença. De acordo com a diretora executiva do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon), Ana Adalgiza, o IPI reduzido foi repassado apenas para os preços de alguns produtos, o que não foi suficiente para causar muito impacto nos custos das obras em geral.

“Alguns produtos realmente apresentaram redução do preço, mas para as grandes construtoras, o repasse não significou muita coisa, já que, quando somados todos os custos com as obras, a diminuição é mínima”, afirmou a diretora.