Preço ainda é uma barreira para acesso do brasileiro à culturaMais de 70% dos entrevistados acredita que preço alto é o maior obstáculo. |
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (17) um levantamento que revelou que preços altos, barreira social e distância são os fatores considerados pelos brasileiros como determinantes para a dificuldade do acesso à cultura.
A pesquisa foi feita através do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), criado pelo Ipea mostrar como a população enxerga os serviços de utilidade pública e seu grau de importância para a sociedade.
Os preços altos são obstáculo ao acesso à oferta cultural para 71% dos entrevistados, que acreditam que esse ponto é um importante empecilho para usufruir dos bens culturais. Outra razão apontada como obstáculo foi a barreira social imposta pelo perfil do público que frequenta espaços culturais. Para 56%, há essa barreira.
Além disso, em relação à localização dos equipamentos culturais, 62,6% o percebem como distante do lugar onde moram. Apenas para 35,3% a localização não é um problema significativo. Quanto maior rendimento, maior proximidade e acesso a equipamentos urbanos de cultura e lazer, diz a pesquisa.
O brasileiro ainda se queixa da falta de tempo, mas os números mostram que, caso dispusessem de mais, não optariam por atividades culturais. Para 35,4%, o tempo é insuficiente para fazer tudo o que se desejam.
Já 44,9% disseram que o tempo é suficiente, mas que sempre há alguma atividade ainda a ser feita, como compromissos, cuidados com a casa, compras, entre outros. São apenas 18,4% os que percebem ter grande parcela de tempo disponível, mas afirmam não encontrar nada de interessante para preenchê-lo.
Segundo o Ipea, o objetivo do novo sistema é permitir ao setor público estruturar as suas ações para uma atuação mais eficaz, de acordo com as demandas da população brasileira. Além dos indicadores de justiça e cultura, haverá, nas próximas edições, percepções sobre segurança pública; serviços para mulheres e de cuidados das crianças; bancos; mobilidade urbana; saúde; educação; e qualificação para o trabalho.
Fonte: UOL

