Bugueiros voltam a ter acesso às dunas de JenipabuSetor turístico contabiliza prejuízos com o embargo. |
Por: Lidiane Lins
Após 16 dias de embargo, os cerca de 230 bugueiros voltaram a ter acesso às dunas de Jenipabu, na manhã desta terça-feira (30). A solução do problema se deu na data anterior, quando representantes do Idema, Ibama e Parque Ecológico e Turístico de Jenipabu assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta que libera a área para a atividade.
A parte móvel das dunas estava embargada desde o último dia 12 por falta de licenciamento ambiental. O TAC estabeleceu que Ivan Barros dos Santos, responsável pelo parque, deve protocolar junto ao Idema o pedido de licenciamento ambiental dentro de um prazo de 30 dias, a partir da data da assinatura do documento. Além disso, também terá 90 dias para apresentar um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (Rima).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bugueiros Profissionais do RN (Sindbuggy), Paulo Henrique Severo, o embargo causou prejuízos incalculáveis para o setor, não apenas do ponto de vista financeiro, mas também na imagem do turismo da cidade.
"O prejuízo foi enorme, mas pior que o prejuízo financeiro, foi a decepção das pessoas que planejaram vir para Natal durante o ano inteiro e quando chegaram, encontraram as dunas fechadas. Essa foi a maior preocupação para nós, essa propaganda negativa para o Rio Grande do Norte", disse .
Apesar dos prejuízos, Severo se diz satisfeito por esse impasse ter sido resolvido antes do início oficial do verão, quando o fluxo turístico do estado chega ao ápice. "Os passeios nas dunas de Jenipabu são parte importante dos pacotes turísticos do estado. Sem o acesso às dunas, o trabalho dos bugueiros fica comprometido, assim como os negócios das várias empresas de receptivos, que já tiveram perdas significativas com a proibição", destacou Severo.
Uma dessas empresas que tiveram prejuízos com embargo é a Luck Receptivo, do empresário George Costa. Ele afirmou que, nesses 16 dias, pacotes para cerca de duas mil pessoas tiveram que ser modificados, para excluir o passeio que já estava incluso, causando uma perda de R$ 200 mil.
"Todo mundo que trabalha com turismo sentiu impacto da proibição do passeio nas dunas. Esse passeio era uma parte importante do pacote oferecido pela empresa. Sem ele, tivemos que readaptar o pacote, reduzindo os preços para excluir essa parte. Tivemos um prejuízo de cerca de R$ 200 mil", revelou o diretor.












