Henrique Alves defende adiamento da discussão sobre redução da jornada de trabalho |
O deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) se reuniu nesta segunda-feira, 12, com um grupo de cerca de 40 empresários e líderes dos segmentos de comércio, serviços e turismo, além das micro e pequenas empresas na sede da Fecomercio RN. Na pauta do encontro, destaque para a discussão mais importante dos últimos tempos para o setor produtor no país: a proposta de redução da jornada semanal de trabalho no Brasil, de 44 para 40 horas, que está tramitando no Congresso Nacional.
Henrique Alves foi contundente no seu posicionamento e afirmou que deverá levar ao presidente do seu partido e da Câmara dos Deputados, Michel Temer, a proposta de que a discussão precisa ser suspensa neste momento para só ser retomada em 2011. “Estamos vivendo um momento pré-eleitoral. Além disso, este ano é o último da atual legislatura na Câmara e no Senado.
Qualquer tentativa de discussão desse assunto agora vai sair do racional e ser levada para o emocional. Não podemos discutir algo tão importante, com tantas conseqüências nos mais diversos segmentos da economia, tomados desse espírito. Isso precisa ser discutido à luz da razão para evitar que haja distorções”, afirmou Henrique, que considerou que mesmo a proposta levantada há cerca de 15 dias pelo colega Michel Temer (de levar a Plenário, ao invés de 40 horas, uma proposta intermediária, de 42 horas semanais) é inconsistente. “Nem mesmo isso adiantaria agora. Simplesmente porque há o grande risco de que algum deputado apresente uma emenda propondo as 40 horas. E votaríamos à discussão inicial”, diz ele.
O deputado fez ainda questão de elogiar a postura da Fecomercio RN de reunir os segmentos ligados a ela e levantar a discussão. “O presidente Marcelo Queiroz está de parabéns. Vocês precisam continuar unidos e suscitar esta discussão com todos os parlamentares do estado. Não apenas nesse tema, mas em outros com impacto direto no dia a dia das empresas. Vem aí, por exemplo, o debate sobre o aumento da licença maternidade para seis meses. Ao contrário do que se poderia pensar, isso poderia trazer muitos problemas para as mulheres, entre outras coisas, fazendo as empresas preterirem-nas. É outro tema que precisa ser muito bem aprofundado. Com razão e sem emoção”, pontuou.












