Indústria potiguar sofre com alta carga tributária |
A elevada carga tributária continua liderando o ranking como o principal problema para a indústria norte-rio-grandense. A informação é da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do RN (Fiern), que ouviu 45 representantes do setor fabril potiguar.
A carga tributária ganhou notoriedade entre o quarto trimestre de 2009 e o primeiro trimestre de 2010 (de 82% para 84% das indicações), chegando à primeira posição do ranking dos problemas que mais incomodam os empresários das indústrias.
As altas taxas de juros aparecem na segunda posição entre as principais dificuldades enfrentadas pelo setor fabril, sendo assinalada por 38% das empresas ouvidas (contra 31% do trimestre anterior).
O problema relacionado à acirrada competição de mercado caiu da segunda para a terceira posição, tendo o percentual de respostas passando de 35 para 31%. Refletindo a retomada da economia, os problemas decorrentes da falta de demanda caíram significativamente (de 16% para 9%). É importante observar o aumento nas citações para as dificuldades com inadimplência dos clientes.
Condições Financeiras
No quesito condições financeiras, a Sondagem Industrial registrou algumas quedas, porém os números continuam positivos. O indicador de satisfação com o lucro operacional, por exemplo, caiu 1,16% no primeiro trimestre de 2010, passando de 51,6 para 51,0 pontos. No entanto, o índice ainda aponta satisfação, na medida em que ficou acima da linha divisória dos 50 pontos.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2009, contudo, o índice cresceu 29,77% (39,3 pontos). A exemplo do indicador de satisfação com a situação financeira, que cresceu 26,17% se levado em conta os três primeiros meses do ano passado. O índice passou de 59,4 para 56,4 pontos, crescendo 5,05% de fevereiro para março, se mantendo ainda assim acima dos 50 pontos.
O índice quanto às condições de acesso ao crédito revelou que no primeiro trimestre de 2010 os empresários industriais encontraram dificuldades no indicador, que aumentou 3,92%, mas se manteve abaixo do nível de satisfação, crescendo de 43,4 para 45,1 pontos. Mesmo assim, o número pode ser visto como positivo se comparado aos três primeiros meses de 2009, quando o índice apontava apenas 32,4 pontos.












