Fim do IPI reduz emplacamentos de autos em 23,01% em abrilApesar da queda de um mês para o outro, quando comparado a abril do ano passado os números subiram 23,01%. |
O término da isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo causou um impacto negativo de 18,88% nas vendas de veículos no Rio Grande do Norte, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Porém, com relação a abril do ano passado, houve um crescimento de 23,01% na quantidade de veículos emplacados (5.875 veículos), uma melhora atribuída às facilidades nos financiamentos e ao aumento na oferta de crédito.
As informações são referentes ao emplacamento de motos, automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. A queda nas vendas para automóveis e comerciais leves foi de 26,25%, comparando-se a março, mas também apresentou um crescimento em relação ao mês de abril de 2009 de 16,89%. O Portal Mercado Aberto tentou entrar em contato com o diretor da Fenabrave no estado, Tomás Filho, mas ele não foi localizado.
O diretor comercial das concessionárias Salinas Ford e Pontanegra Fiat, Marcelo Coutinho, observa que os emplacamentos caíram em abril devido à correria dos consumidores às compras para garantirem os veículos com isenção de imposto. "Na verdade houve um inchaço nas vendas nos últimos dias de IPI reduzido, tanto que tivemos o melhor março de toda a história. As pessoas terminaram antecipando as compras e é natural que haja essa correção, causando a queda em abril", fala Coutinho. Em todo o Brasil, foram emplacados 353 mil carros em março.
Para ele o mercado agora irá se "normalizar", o que significa uma média de emplacamentos no Rio Grande do Norte de 3.700 a 4 mil carros ao mês, sendo 2.000 em Natal.
Coutinho fala que o crescimento econômico, a grande oferta de crédito e a volta dos financiamentos com prazos longos irão garantir a expansão da indústria automobilística. "Os economistas estão falando uma expansão de 6% do PIB em 2010. Para o PIB crescer 5%, a indústria automobilística deve expandir aproximadamente 10%, então temos ótimas expectativas para este ano", complementa Coutinho.












