Marina Silva pretende aumentar parques eólicos no RNPré-candidata à presidência disse que tentará promover geração de energia a baixos custos. |
O combate à desertificação no semi-árido, fortalecer o abastecimento de água na região Nordeste e investir na expansão dos parques eólicos são as principais propostas da candidata à presidência da República, Marina Silva (PV), para o desenvolvimento da economia regional. Ela concedeu agora há pouco uma entrevista coletiva no hotel Ocean Palace, seguindo para um almoço com empresários no Versalles Tirol.
“Temos um plano de desenvolvimento sustentável para o Nordeste da mesma forma que temos para a Amazônia, principalmente para o semi-árido nordestino, em virtude da desertificação”, fala ela, acrescentando que incentivará o uso de madeira como fonte de energia.
Marina Silva enfatizou a necessidade de se repensar as formas de geração de energia, dizendo que o petróleo “só tem uma safra”, em detrimento de outras fontes, como os ventos, o sol, a biomassa e a madeira.
Aliado à questão ambiental, ela diz ser urgente melhorar a educação no estado, uma vez que possui uma taxa de 20% de analfabetos e os professores têm um dos salários mais baixos do país, 25% abaixo da média nacional.
Sobre as propostas que irá receber dos empresários locais, ela falou que irá analisar “sob a luz das propostas de sua campanha”. “Não podemos simplesmente pegar uma lista e assinar embaixo sem critério. Isso é populismo. Mas, evidentemente, o que houver em comum com o que pretendemos para o desenvolvimento do país, vamos lutar pela sua implementação”, fala.
Politicamente, Marina Silva disse que, apesar de Micarla de Souza ser aliada do senador José Agripino Maia (DEM), ela não subirá nos palanques com ele. “Subirei no palanque com Micarla de Sousa e conto com os núcleos vivos da sociedade. Não farei campanha com o senador Agripino Maia”, enfatizou.
Ela lamentou “profundamente” o fato de Ciro Gomes (PSB) não ser candidato à presidência, o que, segundo ela, enriqueceria o debate. “Vivemos em um processo rico de democracia e a candidatura de Ciro iria ampliar o leque de escolhas para o eleitor. Isso é muito bom para o regime que estamos vivendo”.
A ex-ministra considerou necessário o governo Lula aprovar um pacote de R$ 235 milhões à Grécia para conter a crise financeira daquele país, mas disse que os problemas devem ser atacados “em sua raiz”. “É necessário uma maior regulação do mercado financeiro ou então os governos vão sempre ficar apagando incêndios”, declarou.












