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27/06/2011 11h48 - Atualizado em 27/06/2011 14h51

Pesquisa do BB revela que mulher dá menos calote do que homem

Um estudo na base de dados do Banco do Brasil mostrou que a inadimplência entre as mulheres é 50% menor do que entre os homens.

Se as mulheres são mesmo impulsivas e consumistas quando vão às compras, elas também são mais responsáveis no pagamento das contas quando contraem dívidas. Segundo o levantamento, quando se considera apenas pessoas físicas sem considerar empréstimos para o produtor rural, o índice de calote feminino é de 2,6% contra 3,9% do observado entre os homens.

O levantamento considera os dados de março e leva em conta apenas o crédito tomado por pessoas físicas no próprio banco. A participação no Banco Votorantim, em que o Banco do Brasil tem 50% de participação, não foi incluída.

O gerente-executivo da diretoria de crédito do Banco do Brasil, Ewerton Gonçalves Chaves, explica que a instituição fez o estudo para checar se "o mito quanto ao consumo da mulher, que é um conceito machista, se confirmava".

"O que a gente viu foi o contrário do que se pensava: a mulher tem comportamento de crédito melhor que o do homem em todas as faixas e em todos os cortes que fizemos na pesquisa. O que nos parece é que a mulher, por cuidar da família, por ser mais preocupada com o coletivo, tem um trato com o crédito um pouco mais responsável", disse.

Quando se consideram todas as formas de empréstimos, incluindo aqueles destinados ao produtor rural, a diferença cai, mas as mulheres ainda continuam na frente. De cada 1.000 mulheres, 26 dão calote por mais de 90 dias, enquanto o número entre os homens é de 29 na mesma proporção.

De acordo com o gerente-executivo do BB, considerando todas as modalidades de crédito, a maior diferença do calote entre homens e mulheres está entre pessoas com renda relativamente alta.

"Na faixa entre R$ 4.000 e R$ 5.000, a inadimplência entre os homens é de 2,5% e, entre as mulheres, de 1,8%, o que gera uma diferença de 40%. Essa é a maior diferença, sendo que nos demais estratos é mais aproximada. Quanto maior a faixa de renda, tanto entre homens quanto entre mulheres, menor a inadimplência".

A carteira de crédito para pessoa física, excluindo os empréstimos para os produtores rurais, é de R$ 86,4 bilhões, sendo que as mulheres respondem por R$ 39,9 bilhões e os homens pelos outros R$ 46,5 bilhões. A inadimplência média registrada pelo banco é de 3,4% - contra 6% da média geral do calote entre as instituições financeiras do país, segundo dados do Banco Central.


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