População adere a planos de previdência complementar para não depender do INSS |
Como você acompanha o impasse em torno do reajuste aos aposentados pelo governo federal? Com muita angústia porque não tem um plano de previdência complementar? O mercado dos planos de previdência privada foi um dos que mais cresceu nos últimos anos, em virtude da estabilidade econômica, um sinal de que a população passa a pensar mais em um futuro sem grandes turbulências financeiras.
De acordo com a Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o primeiro trimestre de 2010 teve uma captação de 10 bilhões de reais, o melhor resultado do período desde 2005 e 27,5% maior que o mesmo período de 2009. O número de novos planos contratados chegou a 11,5 milhões, 4,13% maior que o último trimestre do ano passado.
Para o consultor Semio Timeni Segundo, o país está se aproxima cada vez mais da realidade de países mais desenvolvidos, onde a cultura da poupança deve começar desde o início da vida profissional. Desta forma, ele diz que a previdência privada deve ser, sempre que possível, encarada como um complemento, passando a responsabilidade pela renda após completado o ciclo profissional ser de cada um.
“Não existe dúvida que o passivo previdenciário público há de aumentar com o avanço da longevidade do nosso povo, o que faz com que as regras da previdência pública tornem-se cada vez mais inflexíveis. Assim, entendo que o Sistema Previdenciário Público sempre terá sua relevância, porém o convite é que a subsistência através dela seja reservada somente para aqueles que não tenham condições de formar uma poupança”, fala ele.
Ao conversar com o gerente de um banco para contratar o serviço ele orienta ao cliente que seja questionado sobre a incidência de incidência de imposto de renda e a portabilidade do plano. “Como se trata de uma aplicação a futuro, deve-se fazê-la sem considerar a possibilidade de saque, pois pode haver uma alta perda de rendimentos”, acrescenta.
Sobre as taxas cobradas, Segundo lembra que existem percentuais de taxas de carregamento ou de administração das mais diversas no mercado, contudo o percentual máximo permitido por lei é de 10%. Ele reforça a importância da pesquisa sobre os produtos, conversando com os vários agentes previdenciários e estudando o regulamento e a proposta de inscrição do plano.
Já o consultor Rafael Paschoarelli, autor do livro “A nova regra do jogo – O que você deveria saber e não sabe sobre seus produtos financeiros”, alerta para a possibilidade das famílias planejarem sua administração financeira administrando, elas mesmas, os seus investimentos. A vantagem neste caso será a substancial economia que se tem com os custos cobrados pelas administradoras de planos de previdência.
Porém, ele diz que, para administrar sozinho os seus recursos, é importante já ter algum conhecimento técnico ou adquiri-lo através de cursos de gestão de investimentos.
Produtos oferecidos
Os planos de previdência privada dos bancos variam muito em taxas de administração, taxa de carregamento, aporte inicial e depósitos mensais. O Santader aceita depósitos iniciais de R$ 50,00 a R$ 300 mil e planos mensais (novos aportes) que variam de R$ 50,00 a R$ 500,00. Os mais conservadores aplicam o dinheiro integralmente em renda fixa, enquanto os mais agressivos destinam até 49% dos recursos em renda variável. A taxa de carregamento depende do saldo aplicado e as taxas de administração varia de 1% a 3,2%.
O Banco do Brasil (Brasilprev) cobra o menor aporte mensal do mercado: R$ 25,00. Com este valor, os clientes têm a opção de acesso, inclusive, ao mercado de ações. As taxas de administração variam de 0,8% a 3% e a aplicação pode ficar também 100% em renda fixa ou em até 49% em renda variável. O cliente tem a liquidez sobre seus recursos e pode resgatá-lo a qualquer tempo.












