Fábrica da Riachuelo em Natal é a maior unidade de confecção do mundo, diz Flávio Rocha |
“Não é só a maior fábrica de confecção do Brasil, mas é a maior fábrica de confecção do mundo, com 16 mil funcionários”. A afirmação é do presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, que em entrevista ao caderno ‘Economia e Negócios’, do jornal O Estado de São Paulo, lembrou do episódio em que visitou fábrica Riachuelo de Natal com um grupo de chineses e soube da notícia sobre a dimensão da unidade de seu grupo localizada na capital potiguar.
Na entrevista, o empresário pernambucano lembra que hoje o grande diferencial da gestão empresarial é voltar suas atenções para as pessoas. “É aí que você separa o empresário com 'e' minúsculo do empresário com 'e' maiúsculo, é gerir o que é de longe o ativo mais importante de uma empresa, as pessoas”, afirma o executivo, que traça um comparativo entre o jogo de xadrez, a iniciativa privada e a política.
“Ambos parecem jogo de xadrez. Quando você aprende a mexer com as peças da política, que têm vontade própria, você consegue desempenhar com mais desenvoltura e entrando mais na vontade e nos desejos das pessoas que estão envolvidas”. Segundo Rocha, por meio da política foi possível criar uma visão diferenciada de gestão. ”Minha passagem de dez anos na política, de dois mandatos, me ensinou uma coisa que eu tenho preservado, a conseguir as coisas pelo convencimento, pelo diálogo. Assim as coisas se harmonizam, os conflitos desaparecem”, conta o ex-deputado federal.
Flávio Rocha destacou a importância das novas ferramentas de relacionamento oferecidas pela internet, como é o caso do twitter. O empresário diz começar o dia acessando o setor de busca do microblog com a palavra óbia: ‘Riachuelo’. “A custo zero se tem a mais ampla e profunda pesquisa de focus group (discussões de grupo) que você pode ter a respeito de uma marca. Começo o dia bastante atualizado à temperatura da marca naquele momento”.
Sobre a polêmica de que a Riachuelo tinha um modelo de trabalho escravista com seus funcionários, o executivo afirma que a acusação não tem fundamento, mas reconhece que a indústria têxtil tem problemas de gestão e na qualidade de seus fornecedores. “É comum a terceirização e até a quarteirização do serviço. Tomamos conhecimento de empregados que são tratados em níveis sub-humanos”, conta.
Envolvido com os negócios desde muito jovem, nos anos 80, o Rocha não recomenda o mesmo caminho à nova geração. “É preciso dar passos na parte teórica e acadêmica”, explica o empresário, que diz não ser fã do estilo ‘workaholic’. “Na minha vida como empresário, eu procuro cultivar uma vida extra empresa”, relata.
A ambição do executivo é exercer um referencial de comportamento com o vestuário, setor que segundo ele sofre com um vazio no Brasil. “Das 100 marcas mais valiosas não existe uma que seja de vestuário”, afirma. Para o presidente da Riachuelo a clandestinização do setor e a migração para a informalidade são os principais motivos.
Confira a entrevista completa no endereço eletrônico http://economia.estadao.com.br/noticias/empresas-e-negocios,%E2%80%98reducao-da-informalidade-impulsiona-cadeia-textil--diz-flavio-rocha--da-riachuelo,not_18513.htm












