Selo "Boi da Terra" comemora um ano no Rio Grande do Norte |
O selo "Boi da Terra", projeto de autoria do deputado estadual Walter Alves (PMDB), que tem o objetivo de garantir a qualidade da carne produzida no Rio Grande do Norte, além de oferecer incentivos aos produtores do Estado, está prestes a completar um ano desde que passou a ser lei, sancionada em julho de 2009 pela então governadora Wilma de Faria.
De acordo com a lei, o gado bovino nascido, criado e abatido em terras potiguares receberá o selo que atesta a sua qualidade. Através do selo, a carne que atender todas as exigências da lei fica isenta do recolhimento do ICMS. São avaliados fatores como a higiene, saúde animal e abate, além do total controle do rebanho por parte dos órgãos rurais competentes, evitando a clandestinidade e os chamados atravessadores.
Segundo o deputado Walter Alves, a lei surgiu para incentivar a pecuária de corte do Rio Grande do Norte, que estava sendo prejudicada pela competitividade das produções de outros Estados. “O selo permite à carne produzida no RN competir com a de outros Estados, através da isenção do ICMS. Além disso, a lei pretende reavivar a cadeia produtiva do boi, gerando também empregos no campo e tirando produtores da informalidade”, ressaltou o deputado.
Para o diretor de Relações Públicas da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), Marcelo Abdon, ainda é muito cedo para quantificar as mudanças trazidas pelo selo "Boi da Terra" para a pecuária do RN. “A lei valerá para o gado nascido após a sua regulamentação, que foi apenas no ano passado. Acredito que somente daqui a um tempo poderemos ver as melhorias trazidas por ela”, disse Abdon.
Atualmente, o rebanho do Rio Grande do Norte possui entre 900 mil a 1 milhão de cabeças de gado. A expectativa do setor é que, com o tempo, os incentivos oferecidos pelo selo "Boi da Terra" possam aumentar consideravelmente esse número, que já é suficiente para atender cerca de 40% do mercado potiguar.
