Produção de mamona ainda é irrisória no RN, afirma supervisor de Pesquisas Agropecuárias do IBGEA mamona foi plantada em 151 hectares em 2011. No ano anterior, foram plantados apenas 14 hectares, o que significa um acréscimo de 978,57%, de acordo com dados de estudo. |
Por: Annapaula Freire
Um diamante bruto. Talvez essa seja a melhor definição para descrever o potencial da mamona. O óleo extraído da planta é nobre e pode ser utilizada para a fabricação do biodiesel e na indústria refino-química. No entanto, o potencial não empolga os agricultores do estado. De acordo com o supervisor de Pesquisas Agropecuárias do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Élder Costa, apesar da alta registrada em 2011, a produção local ainda é considerada irrisória.
Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), produzido pelo IBGE, confirmam a tese. As chuvas, em boa quantidade e bem distribuídas, foram determinantes para a boa quantidade colhida na safra 2011, em todos os setores. Esse fator contribuiu também para um incremento na produção de mamona.
No RN (no que se refere a cereais, leguminosas e oleaginosas), a área colhida em hectares foi de 154.056 ha, superior em 221,04% da área colhida em 2010, quando a área colhida no ano anterior foi de apenas 47.987 há. O índice corresponde em termos absolutos a um incremento de 106.069 hectares.
A mamona foi plantada em 151 hectares em 2011. No ano anterior, foram plantados apenas 14 hectares, o que significa um acréscimo de 978,57%, de acordo com dados do estudo.
A produção colhida no RN - cereais, leguminosas e oleaginosas – foi de 108.071 toneladas, ou seja, um aumento de 310,45% em relação a 2010, quando o índice foi de 26.330 toneladas. Foram colhidas 103 toneladas de mamona em 2011, o que significa aumento de 1371,43% em relação ao ano anterior (7 toneladas).
“O ano de 2011 foi de recuperação para todas as lavouras. Apesar do aumento apresentado na safra da mamona, a produção ainda é inexpressiva. A percentagem é alta, mas em termos numéricos ainda a produção ainda é baixa”, disse Élder.
Um dos motivos apontados por Élder para a baixa produção e o desinteresse dos agricultores, mesmo com o grande potencial da planta, é a comercialização da mamona por um baixo preço. O estudo mostra que as 103 toneladas colhidas em 2011 foram comercializadas por pouco mais de R$104 mil, ou seja, aproximadamente R$ 1 mil por tonelada.
Em parceria com a Emater, Petrobras articula estratégias para reverter baixa produção
Com a proximidade das chuvas, a Petrobras Biocombustível, por meio do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater), iniciará na próxima semana, a distribuição de sementes de mamona para os agricultores familiares de sete municípios localizados no Alto Oeste do Estado que mantém contratos de venda com a Companhia.
Os agricultores familiares contratados dos municípios de Almino Afonso, Antonio Martins, Luís Gomes, Martins, Portoalegre, São Miguel e Serrinha dos Pintos contam ainda com assistência técnica agrícola, prestada por técnicos do Emater. As ações serão possíveis graças a uma parceria entre a Petrobras Biocombustível e a Emater. A expectativa é que até o dia 29 de fevereiro a distribuição esteja concluída.
Fonte: com informações da Assessoria de Imprensa da Petrobras












