Liderados por Marcelo Queiroz, mais de 50 empresários visitam obras do aeroporto de SGANo novo aeroporto, serão instalados 45 balcões de check-in tradicionais e mais dez quiosques de autoatendimento para embarques, completamente informatizados. |
"Iremos antecipar os prazos e teremos o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante funcionando em março de 2014". A frase, em tom categórico foi dita pelo superintendente do Consórcio Inframérica, Ibernon Gomes, durante a visita de empresários à construção do terminal aéreo, na manhã desta quarta-feira (15.08).
Liderado pelo presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Fernandes de Queiroz, o grupo conferiu de perto o andamento das obras e uma apresentação sobre o planejamento da Inframérica para o aeroporto. Além disso, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo do município de São Gonçalo do Amarante, Hélio Duarte, expôs os planos da prefeitura para que a população seja beneficiada com o terminal.
"Estamos aqui não para fiscalizar, mas para conhecer as oportunidades que o aeroporto trará para o RN. Saber dos projetos da prefeitura e como está o andamento das obras é de fundamental importância para o empresariado saber onde investir, pois com certeza, essa é uma obra que mudará completamente o RN", afirma Marcelo Queiroz.
"É uma sinergia muito grande que estamos tendo com a prefeitura e com a população de SGA. A relação público-privada tem resultado em uma parceria muito boa, pois sempre fomos atendidos em nossas solicitações. E o povo norte-rio-grandense só tem a ganhar com essa construção, pois tudo está sendo pensado em benefício dela", explicou de Ibernon Gomes.
Segundo a apresentação do superintendente da Inframérica, o terminal de passageiros de SGA terá 40 mil m² de área construída, com capacidade (na primeira etapa) de mais de seis milhões de passageiros por ano. Até 2038 esta capacidade deve chegar a onze milhões de embarques e desembarques.
No novo aeroporto, serão instalados 45 balcões de check-in tradicionais e mais dez quiosques de autoatendimento para embarques, completamente informatizados. Para o desembarque estão previstas três esteiras para o tráfego doméstico, uma para o internacional e outra reversível, para utilização conforme a necessidade que surgir. O terminal ainda contará com 1.500 vagas de estacionamento e uma pista de pouso e decolagem de 3.000 metros de comprimento por 60 metros de largura. Será a única do Brasil projetada para abrigar aeronaves tipo F (A-380). O terminal de passageiros ainda disporá de oito pontes móveis para embarque e desembarque de passageiros (fingers).
"Em estudos recentes feitos pela Inframérica, descobrimos que o RN não recebe mais voos porque o aeroporto Augusto Severo não tem capacidade para isso. Portanto, estamos trabalhando também para desenvolver a economia do estado", afirma Ibernon. Em sua apresentação, ele ainda mostrou dados que comprovam essa explicação. Em 2004 foram 18.850 pousos e decolagens de voos nacionais e internacionais no terminal de Parnamirim. Já em 2011 este número subiu para 30 mil. "Os números poderiam ser muito mais significativos, se o aeroporto fosse maior", comenta o superintendente.
Ainda segundo Ibernon, o leilão ganho pelo Consórcio garante que o terminal de Parnamirim ficará inativo para passageiros quando o de São Gonçalo começar a operar. "A mudança dos voos será gradativa, mas o aeroporto do RN será o da Inframérica".
Com relação ao transporte de cargas, também há muito espaço para crescer uma vez que o ASGA esteja em operação. Para se ter uma ideia, Em 2011, foram apenas 7.793 voos nacionais e internacionais para o transporte de produtos no terminal de Parnamirim. Ibernon explica o porque do baixo quantitativo: "pela posição geográfica estratégica, o estado tem todo o potencial para se desenvolver nesse ramo. O porto de Natal trabalhando em cosonância com o aeroporto com certeza trará muitos benefícios. A produção de gás natural, o reabastecimento das aeronaves e o trabalho com a energia eólica são grandes filões para a ampliação do negócio de cargas".
Ele explica ainda que as cidades vizinhas a São Gonçalo também serão beneficiadas com o aeroporto. "Natal, Macaíba, Nízia Floresta, Ceará-Mirim, São José do Mipibu e Vera Cruz podem expandir suas economias. Contudo é necessário que hajam vias de escoamento dos produtos, por isso a parceria público-privada é tão importante".
Ibernon Gomes apresentou aos empresários presentes, o andamento da construção do aeroporto. Além da pista, está em fase de construção o poço de água e a casa de força. As estacas do futuro terminal de passageiros já estão sendo colocadas. "A nossa obra está cumprindo à risca o cronograma. Nós temos até dezembro de 2014 para começar a operar o aeroporto, mas vamos garantir para março do mesmo ano, para que o RN tenha neste o aeroporto da Copa do Mundo".
Além da apresentação de Ibernon Gomes, o secretário de Desenvolvimento e Urbanismo do município de SGA, Hélio Duarte, também apresentou as ações da prefeitura que beneficiarão a população a construção do terminal de passageiros. Entre elas, estão as construções de hospitais, escolas e do Instituto Federal (IFRN). "Incentivar a qualificação é um dos objetivos da prefeitura de SGA, pois a nossa população precisa aproveitar as oportunidades de emprego que o aeroporto trará. Além do IFRN, também estamos promovendo o programa ‘Fala Mais'. Este é um projeto inteiramente gratuito onde serão oferecidas aulas de inglês e espanhol para famílias de baixa renda", explica Duarte.
Outro benefício que o aeroporto trará para a cidade é a necessidade de um sistema de adutora para SGA, atualmente inexistente. A adutora, que sairá de Barra de Maxaranguape para São Gonçalo, beneficiará 150 mil pessoas, resolvendo um antigo problema de abastecimento de água da cidade. Também será construído um aterro sanitário, para abrigar todo o lixo produzido tanto pelo terminal quanto pela população.
"As melhorias virão para toda a cidade, é necessário que empresários e a comunidade saibam aproveitá-la. Estamos trabalhando para oferecer benefícios para todos", finaliza Duarte. Participaram da visita, cerca de 50 empresários dos segmentos de comércio, serviços e turismo.












