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04/01/2013 17h56 - Atualizado em 04/01/2013 18h14

Bezerril afirma que irá buscar parcerias públicas e privadas para realizar ações em prol do turismo

Com poucos recursos, o novo titular diz que irá recorrer a empresas para conseguir implementar projetos

Por: Marcella Mendes

"Se nós não temos dinheiro, iremos buscar com quem tem". Essa será a estratégia que o novo secretário Fernando Bezerril, irá adotar para realizar ações para alavancar o turismo em Natal. Nas primeiras 24 horas de trabalho à frente da pasta, o novo titular contabiliza uma dívida da secretaria de mais de 1 milhão de reais em contas. Mas a falta de dinheiro não desanima Bezerril, que diz que é possível realizar ações importantes, investindo principalmente em parcerias com instituições de diversos setores da economia.

A Copa de 2014 é uma das prioridades do novo secretário. Ele afirma que vai buscar o apoio e o envolvimento de entidades que promovem cursos de capacitação de mão de obra, como o Senai, Senac e Sebrae. Para o secretário, a capacitação é o melhor caminho para o desenvolvimento.

Um dos principais desafios a serem enfrentados por Fernando Bezerril, é a recuperação da orla. Mas além da reestruturação do calçadão de Ponta Negra, o secretário defende que é imprescindível investir em segurança. Para isso, Bezerril deverá retomar o projeto iniciado na gestão anterior de Carlos Eduardo, quando também foi Secretário de Turismo de Natal. O monitoramento da orla por câmeras de vídeo é uma ação que ele se orgulha de ter defendido e implantado e que deve ser ampliada em breve.

Em entrevista concedida ao Portal Mercado Aberto, Fernando Bezerril, falou sobre as metas, desafios e perspectivas para a nova gestão:

Mercado Aberto - O senhor assumiu a pasta há menos de 24 horas. Qual a situação atual da Secretaria Municipal de Turismo?

Fernando Bezerril - Nós encontramos uma Secretaria de Turismo sem recursos, mas com uma pessoa cheia de boa vontade e sem apoio de coisa nenhuma, com contas a pagar acima de 1 milhão de reais e que preocupa. Nós também encontramos uma secretaria com uma folheteria guardada, que não foi usada, vencida. Se você for ver lá dentro o programa "Natal em Natal", você chora, de folder que foi feito e que não foi sequer distribuído.

MB - Qual a perspectiva para sua gestão, que acaba de iniciar?

FB - Quando eu assumi ontem, aos 67 anos, jurei que iria tirar o retrovisor. Não quero olhar para trás. Vamos abrir a gaveta, que nós deixamos um planejamento estratégico que não foi utilizado, foi até melhorado e engavetado. Nós vamos colocar esse planejamento estratégico na mesa, vamos sentar na segunda-feira à tarde com as entidades de classe que referendaram meu nome para cá (Fecomércio, Abrasel, ABIH), para juntos abrirmos a primeira conversa, priorizarmos o que vamos fazer. Eu não vim para cá para resolver nada sozinho, vou cobrar e juntos vamos enfrentar todos os problemas de segurança e de falta de tudo.

MB - Diante desse cenário de dificuldade financeira, o que será possível fazer, prioritariamente?

FB -A nossa prioridade é arrumar a casa. O prefeito já contratou uma empresa grande do grupo OAS e eu acredito que em 30 dias a cidade estará com outra cara. Semana que vem, mesmo com uma conta aberta grande com um fornecedor de banheiros químicos, eu pretendo colocar banheiros químicos na praia, mesmo em quantidade reduzida. Nós temos que arrumar a casa para receber o fluxo turístico da alta estação. Em breve também serão instaladas mais câmeras de segurança nas praias. Um projeto iniciado por nós, na época de Wilma de Faria que será ampliado, para coibir a ação de assaltantes. Também iremos reunir representantes das universidades, para elaborarmos projetos e levarmos para a iniciativa privada. Sabemos que algumas empresas estão interessadas na renúncia fiscal, o imposto é trocado por dinheiro para viabilizar projetos. Eu sou um vendedor, vou atrás das empresas para que os projetos se tornem realidade.

MB - Em relação a Marina de Natal, um projeto importante que foi engavetado? Como o senhor pretende viabilizar a construção desse equipamento?

FB - No final desse mês, o presidente da Aliança Financeira estará aqui para tratarmos desse assunto. Mas é preciso, primeiro, que a Câmara Municipal de Natal regulamente a ZPA 7, a área da Fortaleza dos Reis Magos até a ponte. É preciso que a lei diga se é permitido fazer alguma construção naquele local. Uma das bandeiras da nossa gestão será o Rio Potengi, que tem um grande potencial para o turismo náutico.

MB - E quais serão as medidas para a recuperação da orla de Natal?

FB - A curto prazo estamos com recursos de 5 milhões de reais para até dia 14 contratarmos uma empresa paulista com expertise nisso para recuperar a orla.

MB - E as ações programadas para a COPA de 2014?
Com relação a copa, vamos levantar a bandeira da capacitação. EM parceria com a fecomércio, com todo o sistema S e até mesmo a FIERN, nós já fechamos uma agenda de parceria com bolsas de estudos até remuneradas. Tudo isso está na nossa pauta, precisamos de capacitação. Temos um evento que será curto, mas que terá retorno durante muito tempo. Temos o antes, durante e o depois.

MB
- O turismo de eventos também é uma grande "salvação" para o período da baixa estação. Quais as próximas ações que serão tomadas para incentivar essa modalidade de turismo?

FB - O turismo de eventos tem sido uma grande salvação para a nossa hotelaria, que é muito grande. O turista de eventos é um turista programado, que vem sabendo a data que começa e que termina. A construção de um segundo centro de convenções, pela iniciativa privada é necessária para receber mais eventos, já que o centro de convenções de Natal está tomado por dois anos.

 


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