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09/06/2010 08h30 - Atualizado em 09/06/2010 08h30

Fenacam atrai produtores de camarão de todo o Brasil

Presidente da ABCC, Itamar Rocha,diz que este ano há uma maior participação dos produtores.

Em clima de recuperação da carcinicultura nacional, foram abertas nesta terça-feira (8) as exposições da 7ª Feira Nacional do Camarão (Fenacam), no Centro de Convenções, na Via Costeira. O evento reúne representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva do crustáceo, além de fornecedores de produtos e insumos. A Fenacam, neste ano com o tema “Aquicultura: a alternativa para o aumento da produção de pescado no Brasil", teve sua abertura oficial na noite desta segunda-feira (7) e se estende até quinta-feira (10).

Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, a grande surpresa deste ano é a maior participação dos produtores. “Encontrei com produtores que não via a muito tempo, do Paraná, de Santa Catarina”, conta o presidente da ABCC. Rocha explica que além dos grandes produtores, a Fenacam espera atrair também os pequenos. “É um desafio nosso levar o conhecimento ao pequeno produtor”, afirma.

Carcinicultores menores, como João Alves, que produz camarão em uma fazenda no município de Tibau do Sul e administra o negócio com 11 irmãos. Com a produção voltada para a renda familiar, Alves conta que veio à Fenacam mais para trocar informações do que propriamente fechar negócios. Para o pequeno produtor, o momento é muito bom, o que pode possibilitar mudanças positivas. “Não pensamos muito em ampliar, mas sim investir na qualidade do produto”, explica Alves.

Assim como João Alves, o presidente da ABCC, Itamar Rocha, vê como postivivo o atual momento da carcinicultura após anos de dificuldades. "Para se ter ideia em 2003 a produção nacional chegou a 90 mil toneladas e em 2009 foram 65 mil", relata. Apesar da queda acentuada, Rocha conta que desde o ano passado a recuperação é uma realidade, mascarada pelas enchentes no Vale do Açu e que só veio a tona agora.

De acordo com o presidente da ABCC existe um grande espaço a ser explorado no mercado interno. Mais do que isso, Rocha atenta para a necessidade de uma entrada mais forte da carcinicultura brasileira nas exportações, levando em conta a demanda internacional. "Os Estados Unidos importam 560 mil toneladas, a Europa, 800 mil, e o Japão, 280 mil, não podemos ficar fora desse mercado".

O presidente da ABCC explica as dificuldades nos últimos anos pela falta de ferramentas de competitividade para o setor. Ele destaca pontos como a dificuldade de pôr em prática a Lei Kandir, que isenta o exportador de pagar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), além da queda do câmbio, sobretudo no mercado norte-americano, que afetou a saúde financeira dos representantes do setor do camarão.

Exposições

Entre os 120 estandes e 70 empresas presentes na Fenacam, se destacou a área voltada para o camarão produzido no Ceará. O presidente da Associação dos Carcinicultores da Costa Negra, Livino Sales, conta que o principal objetivo da vinda dos produtores cearenses é mostrar o trabalho que vem sendo feito na região do Baixo Acaraú, onde o cultivo do camarão foi certificado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Além dos cearenses, a Instrutherm, que trabalha com instrumentos de medição, veio de São Paulo para expor seu material na Fenacam. O representante da empresa, Evair Caetano, conta que o foco da exposição não é essencialmente fechar negócios e sim divulgar os produtos da Instrutherm, que participa do evento desde 2006. Entre as novidades, Caetano destaca o oxímetro do tipo caneta, que realiza as medições com uma colocação superficial na água, sem precisar ser instalado no fundo dos viveiros.

Representando os produtores potiguares, uma das empresas que esteve presente foi a produtora Biomar, que trabalha no processo de pós larva do camarão, a chamada aqüicultura. A administradora e sócia Ana Carla Bezerra conta que a empresa tem clientes tanto no RN quanto em estados como Bahia, Paraíba, Pernambuco e Ceará. “Como não temos como expor o produto aqui, o objetivo é mesmo fechar negócios”, conclui.

Além dos estandes, a Fenacam traz em sua programação o  VII Festival Gastronômico de Frutos do Mar, com horário de funcionamento das 12h às 15h para almoço e 18h30 às 22h30 para jantar. Os pratos, dez de camarão e dois de peixe, são preparados por Dona Adalva, do restaurante Paçoca de Pilão. Paralelamente ocorre ainda o VII Simpósio Internacional de Carcinicultura, com programação começando às 9h. Durante as tardes acontecem mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos.


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