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09/06/2010 17h15 - Atualizado em 09/06/2010 17h15

Contribuinte deve estudar melhor forma de aplicar restituições do IR

O primeiro lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física referentes ao exercício de 2010 (ano base 2009), residual de 2009 (ano calendário 2008), e de 2008 (ano calendário de 2007) serão creditados simultaneamente no próximo dia 15 de junho. O valores, que chegam ao montante de R$ 1,8 bilhão de acordo com a Receita Federal, foram liberados para consulta nesta terça-feira (8) e servirão para restituir 1.517.603 contribuintes, beneficiados com um dinheiro a mais no mês.

Entretanto, mais do que engordar a conta, a renda também gera dúvidas sobre qual seria sua melhor aplicação. Para especialistas da área econômica, o mais recomendado é que as pessoas não se rendam ao impulso das compras e procurem cuidar do valor da restituição com mais cuidado, afinal não é todo dia que um dinheiro extra aparece.

Quitar dívidas, essa é a primeira opção recomendada pelo economista Márcio Alves. Para ele, as pessoas devem em primeiro lugar pensar nas dívidas passadas e fazer bom uso do dinheiro para equilibrar o orçamento. Caso o contribuinte não tenha esse tipo de pendência, as aplicações nos mercados de crédito e até no financeiro são boas formas de investir a renda das restituições. "Pode ser utilizado em fundos de investimentos e até fundos de capitais", explica o economista.

Opinião semelhante tem o professor do departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Zivanílson Silva, que considera a renda fixa como a melhor escolha para aplicar a restituição. "É interessante aplicar em poupança e deixar investido em pelo menos seis meses", conta o economista. Para Zivanílson Silva este tipo de investimento ajuda a poupar e proteger o dinheiro, além de possibilitar uma estabilidade financeira às pessoas.

Porém, apesar das opções colocadas pelos economistas, muitos preferem outros caminhos para aplicar o dinheiro. "Nós mostramos a melhor forma, mas o cidadão tem toda a liberdade para escolher", avalia Marcos Alves. O economista reconhece que de fato a forma como é aplicada o dinheiro não é exatamente essa na prática, principalmente pela tendência reforçada pelos setores de mídia e marketing em estimular o gasto.

"Não se pode comprar por impulso. As pessoas querem manter um status que não é condizente com sua situação financeira", explica o economista. Em relação aos gastos desnecessários, Marcos Alves recomenda que as pessoas pensem bem no tipo de investimento pelo qual vão optar. "O que procuramos é mostrar a melhor maneira de aplicar. Antes de gastar, é preciso ganhar", finaliza.

Acesso a restituições

Estão contemplados neste lote de restituição todos os contribuintes na melhor idade que não possuem pendências nas respectivas declarações. Os pagamentos dos demais contribuintes foram priorizados de acordo com a data da última declaração entregue do respectivo exercício. Os valores não sofrerão quaisquer acréscimos, independentemente da data em que o contribuinte receba a sua restituição e estarão disponíveis no Banco do Brasil (BB).

O contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do BB ou ligar para a Central de Atendimento BB 4004-0001 (capitais – clientes do Banco do Brasil S.A), 0800-729-0001 (demais localidades - clientes do Banco do Brasil S.A), 0800-729-0722 (capitais e demais localidades – clientes e não clientes do Banco do Brasil S.A) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta corrente ou de poupança em seu nome, em qualquer banco.

A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, disponível na Internet.

Caso o contribuinte não concorde com o valor da restituição, poderá receber a importância disponível no banco e reclamar a diferença na unidade local da Receita.


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