Expofruit destaca a fruticultura irrigada do Estado |
O último dia da Feira Internacional de Fruticultura Irrigada 2010 (Expofruit) recebeu muitos visitantes nos estandes na Expocenter, em Mossoró. Além dos produtores, empresários e compradores, houve uma participação maciça de pessoas que vieram prestigiar o evento. Com o tema “Mistura do Brasil, a origem dos sabores”, o encontro promoveu discussões importantes sobre tecnologia em processamento de frutas e caminhos para vencer os efeitos da crise. Na pauta principal, estavam as rodadas de negócios que reuniram empresas estrangeiras e nacionais em busca frutas tropicais como melão, manga, mamão e banana.
A Expofruit 2010 trouxe visitantes da Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, África do Sul, Cabo Verde, Guiné Bissau, Angola, Nigéria, México e Espanha. Entre os estrangeiros, há compradores, investidores e empresas multinacionais que compunham 70% dos grupos instalados nos estandes. “Conversamos com um grupo de mexicanos que desejam instalar uma fábrica de plásticos na cidade e vieram atraídos pela feira”, comenta Segundo Paula, secretário de estado do desenvolvimento econômico, sobre a visibilidade que o evento proporciona aos empreendimentos e ao pólo regional econômico. Para ele, os desafios da fruticultura serão superados e a crise dos produtores nas exportações pelo impulso do crescimento econômico brasileiro.
A reabertura da fábrica de sucos e polpas da Maisa demonstra parte desse otimismo que justifica o investimento dos empreendedores. Com a previsão de abertura para agosto, o grupo Rosatex prepara os equipamentos e a contratação de 50 trabalhadores para alavancar o potencial da produção. Eles pretendem fabricar polpas de caju, acerola, abacaxi, manga e melão. “Iremos adquirir a matéria prima na região pelos grandes e pequenos produtores”, explica Celso Mazzoli, gerente de negócios da organização que atua no mercado fabricando produtos de higiene e limpeza. A empresa exporta produtos para diversos países da América Latina, América do Norte, África e Emirados Arabes.
Se a palavra é investir, houve uma vertente comentada durante os três dias da feira: buscar qualidade nos processos produtivos para agregar valor ao produto. Quem segue esse conselho que não é uma receita de bolo, conseguiu resultados positivos. Pequenos produtores da Associação de Desenvolvimento AgroIndustrial (Adap), da comunidade de Pau Branco, conquistaram o selo mundial de comércio de justo do melão (Certificado Fair Trade da Flo-Cert – uma das mais respeitadas no mundo). Após anos de prejuízo vendendo a preços baixos, eles exportam a fruta para Europa e recebe remuneração acima da média do mercado da fruticultura.
De acordo com Ubiratan Carvalho, presidente da Adap, os benefícios da certificação chegam as casas dos moradores da comunidade através do projeto de inclusão digital com um pequeno laboratório equipado de dois computadores e uma torre de distribuição do acesso a internet. “Nossa intenção é que cada trabalhador da cooperativa tenha acesso a web em casa”, acrescenta. O selo atestou oficialmente a qualidade de seus produtos, a sustentabilidade de suas lavouras e o respeito aos direitos das crianças e trabalhadores, após três anos de cursos e adequações em suas propriedades.
Numa avaliação da feira de fruticultura, João Emanoel, coordenador da Promoexpo, avaliou positivamente o trabalho desempenhado durante os três dias de evento. Ele destacou a presença das empresas voltadas para o segmento da fruticultura que ofereceram soluções e oportunidades para os produtores da região. O balanço geral das rodadas de negócios ocorridas será divulgado na segunda-feira. A EXPOFRUIT é uma realização do COEX, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae/RN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e Prefeitura Municipal de Mossoró.












