12/09/2013 08h16 - Atualizado em 12/09/2013 08h21
Primeiro crematório do RN já está em pleno funcionamento no Morada da Paz
O Crematório Morada da Paz ocupa uma área de 315 m2 e possui uma sala de cerimônias, com capacidade para 60 pessoas
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Os norte-rio-grandenses podem agora contar com a cerimônia de cremação como opção. Já está em funcionamento o primeiro crematório do estado no Morada da Paz, em Emaús.
Eduardo Vila, diretor do Grupo Vila, apresentou o crematório a convidados, durante o lançamento oficial, realizado hoje, e afirmou que a preferência pela cremação é uma tendência mundial e que há muito tempo os potiguares já requisitavam a instalação de um crematório na cidade. Para ele a expectativa é que se realizem entre cinco a dez cremações por mês em Natal. "Em Pernambuco, temos uma média de cerca de 35 cremações por mês. Acredito que em Natal esse potencial cresça por estarmos trazendo um serviço que é uma inovação e que passa a ser uma nova opção de cerimonial de despedida para os potiguares". Esse é o segundo crematório do Grupo Vila, que possui uma unidade, desde 2009, em Paulista/PE. Com a instalação do Crematório Morada da Paz, em Natal, o Grupo Vila reafirma e fortalece sua presença como uma empresa de soluções funerárias completas.
O Crematório Morada da Paz ocupa uma área de 315 m2 e possui uma sala de cerimônias, com capacidade para 60 pessoas, e em breve contará com um columbário (local para armazenar as urnas). O forno utilizado foi produzido pela empresa U.S. Cremation Equipaments, dos Estados Unidos e chega a temperatura de 1000 ºC.
Também estiveram presentes na apresentação, o Cônego José Mário e o Reverendo José Romeu que explicaram o posicionamento das igrejas católicas e evangélicas sobre a cremação. Segundo o Cônego José Mário, no Código de Direito Canônico, de 1963, a Igreja Católica reconhece a cremação como um ritual de despedida autorizado. "Sem qualquer mistificação ou preconceito", afirma. A mesma opinião tem a Igreja Evangélica que entende a cremação como uma despedida para a eternidade.
Como funciona a cremação
A escolha pela cremação vem crescendo no mundo inteiro e também no Brasil, que já possui cerca de cinquenta crematórios. Esse crescimento se explica por essa ser uma opção economicamente viável, uma solução para escassez de espaço nas grandes cidades e um processo ecologicamente correto.
Após o tradicional velório ou o ritual de despedida na sala de cerimônias do crematório, a urna é conduzida ao local de cremação. O processo dura cerca de duas horas e em seguida as cinzas são armazenadas em uma urna e entregues à família num prazo de até cinco dias úteis.
É importante lembrar que para realizar a cremação é necessário que a pessoa manifeste a vontade ainda em vida e que um responsável autorize o procedimento. Além disso, dois médicos ou um médico legista devem constatar a morte. Em casos de mortes violentas é também necessária a autorização judicial para que a cremação não impeça uma possível perícia.
Os custos com a cremação variam de R$ 1.500 a R$ 3.600 dependendo da forma de pagamento, modalidade do contrato e diferenciais na cerimônia. Também é possível adquirir a cremação de uso futuro que possui descontos e parcelamentos na contração. Com ela é possível deixar definido qual o desejo do contratante e poupar os familiares, num momento de estresse emocional, de decisões difíceis e da responsabilidade financeira que a perda de um ente querido representa. "Temos como foco a venda de cremações previdenciárias, da mesma forma como são feitas as aquisições dos planos funerários", explica Eduardo Vila.
História da cremação
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 a.C. e os romanos, seguindo a mesma tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 a.C. Nessas civilizações a cremação era considerada um destino nobre aos mortos.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552 d.C. como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para o sepultamento, pois o país possui pouquíssimo espaço territorial. Os japoneses incrementaram significativamente a prática e tornou-se popular cremar os mortos.
Quando o assunto cremação é posto diante da religião ainda surgem muitas dúvidas, mas a maioria das religiões já aceitam a prática, com exceção do Judaísmo Ortodoxo e do Islamismo. As doutrinas católica, evangélica e espírita fazem parte dessa maioria. No catolicismo, desde 1963 o Vaticano reconheceu a cremação como um ritual de despedida.
No Brasil, a cremação foi regulamentada pela Lei Federal nº 6015, em vigor desde 31 de dezembro de 1973, e o primeiro crematório a funcionar foi o municipal de Vila Alpina, em São Paulo, inaugurado em 1974.
Fonte: Assessoria de Imprensa