Jorgina de Freitas recorre para não devolver R$ 200 milhões ao INSSFraudes da ex-advogada podem ter deixado rombo de R$ 500 milhões na Previdência. |
A ex-advogada Jorgina Maria de Freitas Fernandes, maior fraudadora da Previdência do Brasil, recorreu da sentença que, no início do ano, a condenou a ressarcir em mais de R$ 200 milhões o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por fraudes no início da década de 90.
Com o recurso, o caso será julgado agora pelo TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, sediado no Rio de Janeiro. O juiz autor da sentença, José Carlos Zebulum, da 27ª Vara Federal do Rio, disse que as fraudes da quadrilha a que pertencia Jorgina podem ter representado um rombo de R$ 500 milhões para a Previdência Social.
Além do processo de Jorgina, há outras ações judiciais envolvendo ex-funcionários do INSS acusados de participar do esquema. A ex-advogada recorreu em abril e agora o juiz espera manifestação do INSS para encaminhar o processo ao TRF. Na primeira instância, o processo tramitou por 19 anos até a sentença.
Atualmente os procuradores federais administram 23 imóveis que pertenciam a Jorgina e rendem R$ 35 mil por mês. No total, são 57 imóveis sequestrados, mas nem todos servem para aluguel. Dois procuradores e sete servidores há 20 anos trabalham para reaver o dinheiro desviado dos cofres públicos.
Além do processo que pede devolução do dinheiro, a ex-advogada respondeu a ação penal. Foi condenada a 14 anos de reclusão, fugiu, mas acabou presa em 1997. Dez anos depois, passou ao regime semiaberto e dormia na penitenciária Oscar Stevenson, em Benfica, na zona norte do Rio.
Fonte: Folha Online












