A reportagem feita pelo jornal Tribuna do Norte, intitulada "Atestado de polêmica e prejuízo", lança luzes sobre o problema delicado de concessão de atestados médicos para funcionários do serviço público e privado. A matéria publicada no domingo (22) chama atenção pelos dados apresentados e os prejuízos causados pela ausência do trabalhador no local de trabalho.
Segundo a publicação, uma indústria potiguar de grande porte, não identificada pela reportagem, apresentou em 2014 uma perda de R$ 69 milhões, devido o grande número de atestados apresentados por seus funcionários. Foram 64.236 dias de produções perdidos somando os 29 mil atestados entregues na empresa durante o ano. O número de atestados é quase o triplo do número de colaboradores, que totalizam dez mil empregados.
Outro dado interessante apresentado pela matéria da Tribuna do Norte é que o munício de Natal que tem 19.600 servidores, apresentou, no ano passado, 3.542 afastamentos por atestado médico e somente em janeiro deste ano - quando boa parte dos servidores, inclusive, estavam de férias- foram 232 ausências. 59% das faltas no município são de trabalhadores da área de educação.
Frente aos dados mostrados pela reportagem, a indagação que fica é será que todos esses atestados são legítimos? O afastamento por motivo de doença é um direito do trabalhador, mas qualquer benefício quando mal usado acaba impactando nas demais pessoas que o utilizam de maneira correta. O uso incorreto de qualquer direito é crime.