Salesiano II - 20/03/2024

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11/04/2024 10h02

Com março mais quente da história, especialistas alertam sobre riscos do calor para a saúde

Cardiologista e nutricionistas orientam boas práticas em dias de altas temperaturas; segundo observatório europeu, os últimos 12 meses foram os mais quentes já registrados

O mês de março de 2024 foi o mais quente que se tem registros. Segundo relatório do programa de observação da Terra europeu, Copernicus (C3S), as temperaturas atingiram 0.73°C acima da média do mesmo período entre 1991-2020 e 0.10°C a mais do que o último pico de temperatura, em 2016.

De acordo com os dados apresentados, este foi o 10° mês consecutivo a bater seu próprio recorde de calor e os últimos 12 meses, desde abril de 2023, tiveram as temperaturas mais altas, alcançando uma média de 1.58°C acima da média pré-industrial (1850-1900). Neste cenário, especialistas alertam que o calor intenso aumenta os riscos de desidratação, insolação e de agravamento de doenças cardiorrespiratórias.

O cardiologista e professor do IDOMED, Jober Teixeira Bastos, explica que o calor em excesso provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, o que pode reduzir a pressão arterial. Além disso, a perda excessiva de líquido ou a realização de atividades que exigem grande esforço podem aumentar os riscos para o coração.

"Por esse motivo, é necessária uma atenção especial com a hidratação, para que o corpo não sofra tanto nos períodos de calor intenso e nem corra o risco de desidratar. Além da atenção especial com a hidratação, é recomendável a ingestão de alimentos leves e a utilização de roupas adequadas à estação", diz o cardiologista para minimizar os impactos do calor no corpo.

Alertas para a desidratação

Em situações de temperaturas amenas, o ser humano perde todos os dias aproximadamente dois litros e meio de água eliminados pela urina, fezes, saliva e suor. Mas em dias de muito calor, esse volume pode ser ultrapassado, o que exige a adequada reposição de líquidos com a ingestão de mais água.

A docente do curso de Nutrição da Estácio, Elisa de Espíndola, orienta que apostar no consumo de alimentos como frutas ricas em água e bebidas saudáveis é o trunfo para aproveitar os dias de calor sem percalços.

A especialista sugere opções refrescantes e deliciosas: "Dá para aromatizar a água com hortelã, aproveitar os chás gelados, de preferência à base de ervas, flores e especiarias e sem açúcar, e claro, a água de coco".

A sede não é o único sinal de que o corpo precisa de mais água. O indivíduo também pode apresentar intestino preso, pele seca, inchaço (retenção de líquido), fome, cansaço, fadiga e dores de cabeça.

Por isso, alimentos gordurosos e frituras também devem ser evitados nos dias de maior calor ou ainda antes das atividades. "Alimentos gordurosos costumam deixar a digestão mais lenta, piorando sintomas como mal-estar e fadiga, sensações comuns em dias de calor e de atividades. Salgados, frituras e outros petiscos também são ricos em sal e favorecem a retenção hídrica", alerta a nutricionista.

 


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