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06/12/2010 11h47

Custo de vida sobe 1,04% em novembro, aponta Dieese

Pelo 4º mês consecutivo, carnes pressionam a inflação.

O Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), foi de 1,04% no mês de novembro, com aumento 0,11% em relação a outubro 0,93%.

O principal fator de pressão foi a Alimentação, que subiu 2,81%. Entre os produtos, o destaque foi a carne bovina que subiu, no mês, 11,01% e que em quatro meses acumula alta de 26,12%.

Além do grupo Alimentação, a segunda maior taxa foi detectada no grupo Transporte (0,61%). Somente os dois grupos contribuíram com 0,89 ponto percentual no cálculo da inflação deste mês. Os três subgrupos da Alimentação tiveram aumento no mês, sendo maior para produtos in natura e semielaborados (4,70%) e mais baixo para os produtos da indústria alimentícia (1,12%) e alimentação fora do domicílio (1,59%).

No subgrupo da indústria da alimentação (1,12%), as maiores altas foram observadas no açúcar (11,98%), farinha de trigo (5,65%) e óleos (2,55%). A alimentação fora do domicílio (1,59%) apresentou as seguintes taxas em seus itens: refeição principal (2,03%) e lanches (0,98%).

O aumento nas despesas com Transporte (0,61%) se deu unicamente no subgrupo individual (0,89%), resultado do reajuste nos combustíveis (1,49%), notadamente, no álcool (3,84%).

Na Habitação (0,40%), a alta decorreu dos reajustes nos subgrupos: locação, impostos e condomínio (1,00%), devido, principalmente, ao aumento da locação (1,34%) e do IPTU (2,22%). Os subgrupos da operação (0,17%) e conservação (0,15%) do domicílio tiveram pouca alteração em seus valores.

A pequena taxa da Saúde (0,35%) deve-se à variação no subgrupo da assistência médica (0,43%), pois os medicamentos e produtos farmacêuticos (0,07%) tiveram pouca mudança em seus preços.

Comportamento dos preços em 2010

Neste ano, os grupos com aumentos superiores à inflação (6,23%) foram: Alimentação (10,25%) e Habitação (6,38%). Taxas menores foram observadas para: Saúde (5,38%), Educação e Leitura (5,16%), Despesas Pessoais (4,20%) e Transporte (3,76%). Variações acumuladas negativas ou próximas a zero foram detectadas nos grupos: Vestuário (0,08%), Recreação (-0,17%) e Equipamento Doméstico (-0,67%).

Na Alimentação (10,25%), as altas dos produtos in natura e semielaborados (15,23%) foram distintas, com taxa elevada no item grãos (22,64%) devido ao extraordinário aumento do feijão (94,00%), carne bovina (31,08%) e aves (14,29%). Os demais itens variaram em torno da inflação geral, e outros apresentaram oscilações tipicamente sazonais.

Os aumentos no subgrupo da indústria alimentícia (4,97%) foram menores, no entanto, cabe ressaltar a elevação da muzzarela (26,79%), leite longa vida (20,59%), sal (14,33%), farinha de trigo (14,33%) e açúcar (8,21%). O subgrupo da alimentação fora do domicílio apresentou alta de 9,06%, com taxas semelhantes na refeição principal (9,07%) e lanches (9,04%).

Os aumentos nos subgrupos da Habitação (6,38%) não foram homogêneos, sendo acentuadamente maiores para locação, impostos e condomínio (11,03%) e conservação (7,91%), frente à variação da operação do domicílio (3,80%).

A alta na Saúde (5,38%) ocorreu tanto na assistência médica (5,30%) como nos medicamentos e produtos farmacêuticos (5,76%). A taxa do grupo Educação e Leitura (5,16%), provavelmente, não afetará a inflação no restante de 2010, pois é apenas no início de cada ano, que as escolas costumam ajustar seus valores.

No grupo Despesas Pessoais (4,20%), as taxas foram muito distintas entre seus subgrupos: higiene e beleza (2,36%) e fumo e acessórios (6,46%). Variação de preço pequena, em 2010, foi observada no Transporte (3,76%), com taxas díspares em seus subgrupos: no individual (0,46%) e no coletivo (11,96%).

Taxa próxima a zero ou deflação foram detectadas nos grupos: Vestuário (0,08%), Equipamento Doméstico (-0,67%) e Recreação (-0,17%), que registraram variações mais acentuadas nos subgrupos: eletrodomésticos (-2,35%), rouparia (-1,70%), produtos da recreação (-1,14%) e roupas (-1,03%).

 

Fonte: Dieese


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