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28/07/2011 08h12 - Atualizado em 28/07/2011 11h30

Dólar fecha em alta após atingir as menores cotações em 12 anos

Moeda fechou o dia a R$ 1,559.

Reagindo imediatamente às medidas do governo federal, o dólar fechou em alta nesta quarta-feira (27), no primeiro dia de ganhos frente ao real após seis pregões seguidos de baixa, quando atingiu as menores cotações em 12 anos.

A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,559, com ganho de 1,35% sobre o fechamento da véspera. A alta veio em reação às medidas para conter a queda da moeda publicadas nesta quarta-feira (27) no Diário Oficial da União (DOU).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou nesta quarta que o governo decidiu sobretaxar, com o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), as apostas das empresas e bancos no mercado futuro (posição vendida) que pressionem para baixo a cotação do dólar. Segundo ele, isso é um tipo de "pedágio" contra a especulação no mercado futuro.

Com a maior taxação, o volume de dólares que entra no país tende a diminuir, o que reduziria a cotação. Os derivativos cambiais têm grande influência na formação de preços da moeda norte-americana no mercado à vista.

De acordo com o ministro da Fazenda, a taxação do IOF, anunciada ontem, retira parte da rentabilidade dos derivativos (operações no mercado futuro) que apostam na queda do dólar.

"Aquelas que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional. A taxação é de 20% da operação sobre o possível ganho que ele possa a ter. Estaremos cobrando um pedágio das posições vendidas em excesso. Vamos tirar uma parte da rentabilidade das operação, diminuindo essa margem. Esperamos que haja não valorização do real, ou que tenha desvalorização", explicou o ministro da Fazenda.

Segundo Mantega, a sobretaxa que foi implementada nesta quarta-feira não atinge, porém, as operações de proteção contra as variações de preço em cada atividade econômica - chamadas de "hedge" - usadas contra as flutuações do dólar nas operações de comércio exterior. Neste caso, explicou ele, o valor da aposta em queda do dólar (posição vendida ) não é maior do que a outra ponta da operação - na posição comprada.

"Tem empresas que fazem seguro, hedge. São operações casadas. Neste caso, não sofrerão nenhuma taxação. Já aquelas instituições que estiverem com posição vendida maior do que comprada, pagarão 1% pela margem a maior sobre o valor que a gente chama nocional", explicou o ministro.

 

Fonte: Agência Brasil


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