Fazenda: crise da Petrobras é principal responsável por retração do PIB este anoDe acordo com o documento, a redução dos investimentos da petroleira de US$ 37,1 bilhões em 2014 para US$ 25 bilhões em 2015 será responsável por pelo menos 2 pontos percentuais da contração do PIB |
notícias relacionadas
- Projeção de instituições financeiras para queda do PIB chega a 3,4% este ano
- Crédito para pequenos negócios é saída para recessão
- PIB cai 1,7% no terceiro trimestre do ano
- Petrobras pode reduzir custos e operar com petróleo a US$ 30, diz conselheiro
- Petrobras vende participação na Gaspetro por R$ 1,93 bilhão
- Economia deve encolher 3,6%, este ano e 1,9% em 2016, mostra relatório
- Agência Moody’s rebaixa nota da Petrobras na classificação de risco
- Petrobras aprimora medidas anti-corrupção e um instrumento é o Canal de Denúncia
- Petrobras: produção se normaliza e meta de produção de 2015 será mantida
- Produção de petróleo e gás cresce em outubro
- Parte dos petroleiros volta ao trabalho
- Programa de redução de investimentos da Petrobras não será alterado, diz diretor
- Lucro líquido da Petrobras cai 58% entre janeiro e setembro de 2015
- Petrobras propõe reajuste de 9,53% nos salários e benefícios dos empregados
- Petrobras suspende produção na P-37 por causa de vazamento de óleo
- Atividade do comércio tem a maior queda do ano em outubro, aponta Serasa Experian
- Petrobras admite negociar pauta de grevistas fora do Acordo Coletivo de Trabalho
- Greve na Petrobras reduz em 8,5% produção de petróleo
- Cepal estima que economia do Brasil terá contração de 2,8% em 2015
- Petrobras anuncia redução de US$ 11 bilhões em investimentos
- Reajuste da gasolina e do diesel nas refinarias chega ao consumidor
- Petrobras aumenta os preços da gasolina em 6% e do diesel em 4%
- Governo prevê queda de 2,44% no PIB e inflação de 9,29% em 2015
- Discutir mudança do modelo de exploração de petróleo não é oportuno, diz Bendine
- CPI da Petrobras ouve policiais federais sobre interceptações telefônicas
- Arrecadação fechará 2015 com desempenho abaixo da expectativa, prevê Receita
- Bendine: Petrobras está revendo investimentos para priorizar setor mais rentável
- Produção de petróleo e gás atinge mais de 2,7 milhões de barris em abril
- Petrobras registra lucro líquido de R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre
- Ações da Petrobras oscilam após divulgação de balanço
- PIB deverá crescer 1,3% em 2016, diz Planejamento
- Produção industrial no Nordeste tem queda de 4,7% em 2011
- CNI defende medidas de estímulo ao crédito para proteger indústria do risco de aumento das importações com crise
A redução do plano de investimentos da Petrobras em quase 40% este ano é o principal fator responsável pelo encolhimento da economia brasileira em 2015. A conclusão consta de estudo divulgado nesta terça-feira (21) à noite pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
De acordo com o documento, a redução dos investimentos da petroleira de US$ 37,1 bilhões em 2014 para US$ 25 bilhões em 2015 será responsável por pelo menos 2 pontos percentuais da contração do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). Oficialmente, a SPE prevê retração de 2,44% do PIB este ano, mas o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, projeta encolhimento de 3%.
Segundo a secretaria, a redução do plano de investimento da Petrobras provocará a contração do PIB em 0,6 ponto percentual apenas por meio dos efeitos diretos. Incluídos os efeitos indiretos (sobre fornecedores e empresas relacionadas à indústria de petróleo) e a queda na renda da população afetada, a retração sobe para 1,7 ponto percentual.
Caso seja incluído o impacto dos investimentos totais que deixaram de ser realizados pelas empreiteiras, não apenas na área de petróleo e gás, o efeito negativo sobre a economia sobe para pelo menos 2 pontos percentuais. De acordo com o estudo, a crise na Petrobras teve consequência muito maior sobre o encolhimento da economia do que as medidas de aumento de tributos anunciadas este ano.
“Esse impacto evidentemente é muito maior do que o possível efeito contracionista ao longo do ano da variação muito modesta nas alíquotas de alguns impostos, como a Cide [Contribuição de Intervenção no Domíno Econômico] ou o PIS/Cofins da importação”, diz o estudo. A redução pela metade da desoneração da folha de pagamento, lembrou a SPE, só entrará em vigor em dezembro e só terá efeito em 2016.
De acordo com a secretaria, a Petrobras tem peso relevante na economia por causa do elevado volume de investimentos. De 2010 a 2014, ressaltou o estudo, a companhia foi responsável por 8,8% dos investimentos no país, o que equivale a 1,8% do PIB.
Fonte: Agência Brasil

